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Capitulo 1
OS MORTOS-VIVOS: MITOS E REALIDADES
“Ele vem da sepultura. Seu corpo é o lar de vermes e imundícies. Não há vida em seus olhos, nem calor em sua pele ou batimentos em seu peito. Sua alma é vazia e negra como o céu noturno. Ele ri diante da lâmina, cospe na flecha, para que estes não firam suas entranhas. Pela eternidade ele irá caminhar pela terra, sentindo o aroma do doce sangue dos vivos, banque- teando-se sobre os ossos dos condenados. Tenha cuidado, pois ele é o morto-vivo.”
- TEXTO HINDU OBSCURO, CERCA DE 1000 a.C.
ZUM-BI: Corpo animado que se alimenta da carne de seres humanos vivos. 2. Um feitiço de vodu que faz com que os mortos se levantem de suas sepulturas. 3. O deus — cobra vodu. 4. Pessoa que se movimenta ou age atordoadamente "como um zumbi". [palavra originária do oeste da África]
O Que é um Zumbi? Como eles são criados? Quais são seus pontos fortes e quais são os fracos? Quais suas necessidades e desejos? Por que são hostis com a humanidade? Antes de discutir qualquer técnica de sobrevivência, você deve primeiro aprender sobre aquilo a que você está tentando sobreviver.
Devemos começar separando a realidade da ficção. Os mortos que andam não são nenhum trabalho de "magia negra", tampouco outra força sobrenatural qualquer. Suas origens estão num vírus conhecido como Solanum, uma palavra latina utilizada por Jan Vanderhaven, que foi o primeiro a "descobrir" a doença.
SOLANUM: O VÍRUS
1. FONTES
Infelizmente, pesquisas extensas ainda não conseguiram isolar um exemplar do Solanum na natureza. A água, o ar e o solo em todos os ecossistemas, em todas as partes do mundo, mostraram-se negativos, assim como a fauna e a flora. No momento em que este livro é escrito, a pesquisa ainda continua.
2. SINTOMAS
A escala a seguir esquematiza o processo de um ser humano infectado (o que pode levar mais ou menos horas, dependendo do indivíduo).
Hora 1: Dor e descoloração (marrom-arroxeada) da área infectada. Imediata coagulação da ferida (já que a infecção é proveniente de uma escoriação).
Hora 5: Febre (37-39,5 graus Celsius), tremores, demência leve, vômito, dor aguda nas articulações.
Hora 8: Entorpecimento das extremidades e da área infectada, aumento da febre (39,5-41 graus Celsius), aumento da demência, perda da coordenação muscular.
Hora 11: Paralisia da parte inferior do corpo, dormência global, diminuição da frequência cardíaca.
Hora 16: Coma.
Hora 20: Parada cardíaca. Atividade cerebral nula.
Hora 23: Reanimação.
3. TRANSFERÊNCIA
O Solanum é totalmente contagioso e totalmente fatal. Felizmente para a raça humana, o vírus não é inoculado pela água nem por ar. Nunca houve relatos de seres humanos que entraram em contato com o vírus através de elementos da natureza. A infecção pode ocorrer apenas por contato direto com os fluidos. A mordida do zumbi, apesar de ser de longe a mais reconhecida forma de transferência, não é, de modo algum, a única. Seres humanos têm sido infectados ao esfregar feridas abertas contra escoriações de zumbis ou ao rece-berem respingos dos restos dessas criaturas após uma explosão. A ingestão de carne infectada (uma vez que a pessoa não tenha feridas na boca), entretanto, resulta em morte permanente, e não em contágio. É provado que a carne infectada é altamente tóxica.
Nenhuma informação — histórica, experimental ou de qualquer outro tipo — trouxe à tona os resultados de relações sexuais com um espécime morto-vivo, entretanto, como já foi citado anteriormente, a natureza do Solanum sugere um alto poder infeccioso. As recomendações contra tal ato seriam inúteis, já que a única pessoa insana o suficiente para tentar deveria ser ignorada pelos zumbis para a própria segurança deles. Muitos argumentam que, dada à natureza coagulada dos fluidos corporais dos mortos-vivos, a probabilidade de contaminação deveria ser baixa. Entretanto, deve-se lembrar que até mesmo um único organismo é suficiente para iniciar o ciclo.
4. CONTÁGIO ENTRE ESPÉCIES
O Solanum é fatal para todas as criaturas vivas, independente de tamanho, espécie ou ecossistema. A reanimação, entretanto, ocorre apenas nos seres humanos. Estudos mostram que ao infectar um cérebro não-humano, o Solanum expirará algumas horas após a morte de seu hospedeiro, fazendo com que a carcaça torne-se segura para ser manuseada. Animais infectados falecem antes que o vírus possa se multiplicar em seus corpos. A contaminação através de picadas de insetos, como as de mosquito, por exemplo, podem também ser descartadas. Experiências provaram que todos os insetos parasitas reconhecem e rejeitam hospedeiros infectados em 100% das ocasiões.
5. TRATAMENTO
Quando um ser humano é infectado, pouco pode ser feito para salvá-lo. Devido ao fato de o Solanum ser um vírus, e não uma bactéria, os antibióticos não surtem efeito. A imunização, a única maneira de combater um vírus, é igualmente inútil, já que até mesmo a mais minúscula dosagem pode levar a uma infecção totalmente desenvolvida. A pesquisa genética está em marcha. Os objetivos variam de anticorpos humanos mais fortes a estruturas celulares resistentes a contravírus criados para identificar e destruir o Solanum. As pesquisas para estes e outros tratamentos mais radicais estão ainda nos primeiros estágios, sem nenhum sucesso previsível num futuro próximo. Experiências em campos de batalha levaram à amputação imediata do membro infectado (dependendo da localização da mordida), mas estes tratamentos são, na melhor das hipóteses, dúbios, com uma taxa de menos de 10% de sucesso. E mais provável que o ser humano infectado esteja condenado desde o momento em que o vírus entra em seu organismo. Caso o ser humano infectado escolha o suicídio, deve lembrar-se de que o cérebro deve ser eliminado primeiro. Foram registrados casos nos quais indivíduos recentemente infectados, que morreram por diferentes meios de contágio pelo vírus, foram no entanto reanimados. Estes casos normalmente ocorrem quando o indivíduo falece após a quinta hora de contágio. De qualquer maneira, qualquer pessoa morta após ser mordida ou infectada de alguma outra forma pelos mortos-vivos deve ser descartada.
6. REANIMANDO OS QUE JÁ ESTÃO MORTOS
Tem-se sugerido que corpos humanos recém-falecidos podem ser reanimados se o Solanum for introduzido após seu falecimento. Isto é uma falácia. Os zumbis ignoram carne necrosada e, por conseqüência, não conseguem transferir o vírus. Experimentos realizados durante a Segunda Guerra Mundial (ver "Ataques registrados", na página 243) provaram que a injeção de Solanum num cadáver seria ineficaz, pois a corrente sanguínea estagnada não seria capaz de transportar o vírus até o cérebro. Injeções administradas diretamente no cérebro morto seriam igualmente inúteis, já que as células mortas não poderiam reagir ao vírus. O Solanum não cria vida — ele a altera.
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Não sei vocês mas,apesar da viagem total do livro eu vou querer hehe...Louco mas,interessante
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